
Sub-secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Edjahilson Souza, empresário Élcio Alves de Oliveira, presidente da Aged, Sebastião Anchieta, e secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, exibem o modelo do selo que constará nas embalagens da carne do G-Boi.
O Governo do Estado, por meio das secretarias de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) e de Indústria e Comércio (Seinc) e da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged), oficializaram, na terça-feira (06), o registro do matadouro G-Boi, do empresário Élcio Alves de Oliveira, no município de São Bernardo, junto ao Serviço de Inspeção Estadual (SIE). O estabelecimento, que possui capacidade para o abate diário de quase 100 cabeças de gado, garantirá até 15 toneladas de carne certificada por dia para a região do Baixo Parnaíba.
“Nós já estamos no ramo da carne há 26 anos. Como não tínhamos a estrutura adequada para a capacidade que produzíamos, fomos forçados pelo Ministério Público a fazer algo para sair do clandestino, para realmente mudar a forma do abate e oferecer um produto com qualidade”, contou o empresário. Após três anos de reforma, com consultoria especializada do Sebrae e investimento de R$ 4,6 milhões, o matadouro G-Boi é um dos mais modernos do estado e deve abastecer 12 municípios.
“O governo do estado cumpre o seu papel, em parceria com um empreendimento privado da maior importância, de levar segurança sanitária ao alimento consumido na região. Além disso, vamos formalizar empregos, com os empregos diretos do G-Boi e com os pequenos negócios que são alimentados pela carne bovina produzida nesse estabelecimento”, declarou o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Márcio Honaiser, também comemorou a registro e ressaltou a importância da parceria privada para a execução do Programa de Matadouros Regionais (Promar). “O matadouro G-Boi vai complementar as ações do governo em relação aos matadouros regionais. Essa parceria dos matadouros públicos e privados é que vai fazer com que o Maranhão, dentro de pouco tempo, tenha uma carne inspecionada e com condições sanitárias para ser comercializada, garantindo mais saúde para a nossa população”, enfatizou.
Serviço de Inspeção Estadual
De acordo com a legislação brasileira, todo estabelecimento que produz alimentos de origem animal deve estar registrado em um serviço de inspeção oficial, seja municipal, estadual ou federal. O SIE é o registro que garante que o produto obedece a todas as normas sanitárias para ser comercializado dentro do estado e pode ser identificado, nas embalagens, por um selo com o nome do Maranhão e um número de registro.
Com a finalidade de regularizar seu estabelecimento, Élcio Alves de Oliveira solicitou o registro do matadouro na Aged em 2013. Em 2015, o projeto de reforma foi aprovado e as obras foram iniciadas. Após a vistoria final, o estabelecimento está pronto para funcionar atendendo todas as exigências higiênico-sanitárias.
Com a expedição desse título de registro, ele passa a ser o segundo matadouro fiscalizado pela Aged. “Daqui pra frente, a Aged atuará com fiscalizações de rotina, em parceria com o responsável técnico do matadouro. Acreditamos que esse estabelecimento servirá de referência para mostrar nosso trabalho aos outros empreendedores que quiserem investir no ramo”, explica o presidente da Aged, Sebastião Anchieta.

Fiscais agropecuários durante treinamento de colheita de amostras.
Tendo em vista o projeto de matadouros regionalizados do governo estadual, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) iniciou a atualização dos técnicos do Serviço de Inspeção Estadual (SIE). Nos dias 22 e 23, três inspetores estaduais foram capacitados para atuar na colheita e vigilância de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET) nos estabelecimentos de abate.
Para atender o matadouro de Axixá, que já conta com o SIE, e o de São Bernardo, cujo registro está em vias de análise, a Aged, por meio dos programas nacionais de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB) e de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), ofereceu, pela primeira vez, treinamento para colheita de amostras que servirão para a vigilância da doença da vaca louca e outras EET. “Atualmente, este procedimento só existe, no estado, nos matadouros registrados no Serviço de Inspeção Federal. Com a implantação de mais estabelecimentos de abate estaduais, vamos inclui-lo em nossa rotina de inspeção”, esclarece a fiscal agropecuária Sonivalde Santana.
As ETT são doenças neurodegenerativas, causadas pelo acúmulo de uma proteína anormal, que acometem gravemente toda a estrutura do sistema nervoso central. Dentre as mais famosas, está a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), mais conhecida como a doença da vaca louca. “No Brasil, o risco de EEB tem status de insignificante. Nunca tivemos um caso da EEB clássica no país. No entanto, o exame é feito para comprovar que não temos e para não deixar que isso aconteça. É bom porque ganhamos mercado”, destaca a responsável pelo PNEEB na Aged, Giselle Mesquita.
Matadouros estaduais
Em dezembro de 2015, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) anunciou a construção de cinco matadouros mistos regionais, com capacidade de abate de até 100 animais/dia.
Os matadouros serão construídos nas regiões de Timbiras, Pindaré, Pré-Amazônia, Médio Mearim e Baixo Turi e devem beneficiar 1.407.489 habitantes, ou seja, 21.42% da população do estado com carne saudável e segura.

Com obras concluídas e pronto para funcionar, o matadouro G-Boi, do empresário Élcio Alves de Oliveira, recebeu uma visita técnica do secretário de Indústria e Comércio (Seinc), Simplício Araújo, e de representantes da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged), vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), na sexta-feira (13), com o objetivo de conhecer as instalações e analisar a possibilidade de integração do empreendimento ao Programa de Matadouros Regionais (Promar).
A construção do empreendimento foi iniciada há três anos, com o apoio do Sebrae, e contou com um investimento de R$ 4,6 milhões para atender às adequações físicas necessárias para o abate de 400 animais por dia. Esta capacidade poderá atender toda a regional do Baixo Parnaíba, abastecendo 14 municípios. Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Márcio Honaiser, esse matadouro, caso regionalizado, vai contribuir com as finalidades do Promar. “Nosso objetivo é promover saúde, emprego e renda para os maranhenses e valorizar o nosso pecuarista. Cada matadouro a ser construído ou regionalizado representa a dinamização da economia local e o adensamento de uma cadeia produtiva de grande potencial para o estado, seja no abastecimento interno, seja na exportação”, disse.
O matadouro de São Bernardo ainda deve passar por uma vistoria final antes de ser registrado pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE). Até agora, o empreendimento passou por uma vistoria inicial, que analisa o terreno e sua localização, e teve croquis e projeto de construção avaliados pela Coordenação de Inspeção Animal da Aged.
A Agência concedeu o primeiro registro do SIE a um matadouro em agosto do ano passado para o Frigorífico Dhias Ltda, localizado em Axixá. O matadouro de São Bernardo poderá ser o segundo do estado com esse registro. “Esse matadouro tem dupla importância. Além de ser o segundo a obter o registro do SIE, em relação ao Promar, tudo indica que ele será o primeiro matadouro regionalizado do estado. Com isso, vamos disponibilizar carne, com certificação oficial, para população em geral”, enfatizou o coordenador de inspeção animal da Aged, Hugo Napoleão.
Inspeção em matadouros
Para garantir a inspeção em São Bernardo, a Aged reforçará sua equipe, oferecendo treinamento aos fiscais agropecuários estaduais da região. “Atualmente, a nossa regional não conta com nenhum matadouro com Serviço de Inspeção Estadual e a maior parte dos estabelecimentos que atendem a região são clandestinos. Com a implantação deste novo, a população terá um salto na qualidade de vida”, explicou o chefe da regional de Chapadinha, Carlos Henrique Marques.
Os matadouros certificados pelo SIE devem contar com um responsável técnico e um técnico de inspeção da Aged diariamente. O responsável pela inspeção realiza exames clínicos nos animais antes do abate e, após, analisa carne e carcaça.
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