
A aula prática do curso será voltada para o Manejo Integrado de Pragas na sojicultura.
Para capacitar seu corpo técnico e difundir boas práticas no setor produtivo, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) promove, em parceria com a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindveg) e o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), o III Curso de Tecnologia de Aplicação de Agrotóxicos e Manejo Integrado de Doenças, Pragas e Plantas Daninhas, de 25 a 27 de outubro, em Chapadinha.
O evento, que capacitará até 50 profissionais, é direcionado principalmente para produtores, mas também treinará equipes de fiscalização da Aged, equipes técnicas do setor público e estudantes. “Essa demanda foi apresentada pela Diretoria de Defesa e Inspeção Vegetal da Aged nos fóruns nacionais de agrotóxicos. Nosso objetivo, além de atualizar nosso corpo técnico, é difundir as técnicas de aplicação de produtos químicos junto ao setor produtivo, assim como as técnicas e conceitos dos manejos integrados de pragas”, explica o diretor de Defesa e Inspeção Vegetal, Roberval Raposo Júnior.
Entre os destaques do curso, estão as palestras de professores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), principal referência nacional e internacional no ensino de Ciências Agrárias, e de profissionais da Andef/Sindveg, entidades que representam a indústria de produtos agrotóxicos no Brasil. Durante os três dias, os participantes assistirão a palestras sobre o manejo integrado de pragas (MIP), como fungos, plantas daninhas e insetos, e tecnologias de aplicação de agrotóxicos. O evento ainda incluirá duas aulas práticas na Fazenda Europa e na Flórida Aviação Agrícola.
Esta é a terceira capacitação promovida pela Aged com o intuito de evitar desperdícios de produtos e atualizar o setor produtivo quanto às novas tecnologias e equipamentos. “Vislumbramos a realização destes cursos nas principais regiões produtoras do Maranhão, numa frequência anual. Em setembro de 2015, conseguimos levar essa experiência para a cidade de São Domingos”, ressaltou Roberval.
Inscrições
A Aged, por meio da Unidade Regional Chapadinha, está mobilizando a comunidade local para garantir a participação de agricultores, produtores e estudantes, peças-chave no treinamento. Para se inscrever, é necessário que os interessados procurem um escritório da Unidade Regional para verificar a disponibilidade de vagas.

Agrônomos da Aged reuniram profissionais da cadeia produtiva da soja de Balsas para oferecer capacitação quanto ao uso consciente de agrotóxicos.
Com o objetivo de conscientizar os produtores rurais sobre a importância do uso correto de agrotóxicos e da destinação adequada das embalagens desses produtos, a Unidade Regional Balsas da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged/MA) promoveu um dia de treinamento e capacitação para funcionários e proprietários das fazendas produtoras de soja, na região da Serra do Fozdão, em Balsas, no dia último dia 06.
“As fazendas Céu Azul, AgroMartins, Piraíba, Grupo Pasinato e Angicos são responsáveis pelo cultivo de aproximadamente 40 mil hectares de soja, por isso, é fundamental reforçar a necessidade do uso seguro de produtos fitossanitários para a saúde e para a preservação do meio ambiente”, ressaltou o agrônomo da Aged, Eugênio Pires.
Durante o evento, os agrônomos Eugênio Pires e Diego Sampaio, com o apoio do gerente da Fazenda AgroMartins Márcio Virginio dos Santos, ministraram as palestras Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários, Manejo Integrado de Pragas, Logística Reversa das Embalagens Vazias de Agrotóxicos e Defesa Agropecuária para um grupo de 29 pessoas, entre proprietários de fazendas produtoras de soja, engenheiros agrônomos, técnicos e funcionários.
“Este treinamento entrou para o calendário anual da região da Serra do Fozdão, segundo os produtores rurais. Ficamos orgulhosos em promover o treinamento de profissionais ligados ao agronegócio, principalmente quando a interação ocorre de maneira positiva, com troca de experiências que enriquecem o evento”, elogiou Eugênio.

Afonso Cunha, Caxias e São João do Sóter tiveram propriedades inspecionadas pela Aged em setembro.
Para controlar o aparecimento da praga de maior impacto na cultura da soja, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged/MA) iniciou as operações de fiscalização do vazio sanitário da soja, que vai de 15 de setembro a 15 de novembro, nas microrregiões da Baixada Maranhense, Baixo Parnaíba, Caxias, Chapadinha, Codó, Coelho Neto, Gurupi, Itapecuru Mirim, Lençóis Maranhenses, Litoral Ocidental, Médio Mearim, Pindaré, Presidente Dutra e Rosário.
Nome que se dá ao período em que é proibida a plantação de soja, o vazio sanitário tem o objetivo de interromper o ciclo de vida do fungo que causa a ferrugem asiática. Devido à extensão do Maranhão, existem dois períodos de vazio sanitário no estado, uma vez que a disseminação da doença também está relacionada com as condições climáticas.
“A fiscalização no período do vazio sanitário tem como finalidade constatar a ausência do cultivo de plantas vivas de soja, bem como efetuar o monitoramento de áreas que cultivam de forma irrigada outras culturas”, explica o agrônomo da Aged Francisco Rodrigues da Silva.
Na Unidade Regional Caxias da Aged, três operações já foram realizadas para verificar o cumprimento da medida, nos dias 15, 22 e 27 de setembro, nos municípios de Afonso Cunha, Caxias e São João do Sóter. “Os produtores de soja estão satisfeitos com a prática, que comprovadamente vem diminuindo a incidência de casos da ferrugem asiática e os custos de produção”, destaca Francisco.
Além da inspeção de áreas dedicadas à sojicultura, os fiscais da Aged também estão atentos às culturas irrigadas, como a do feijão, que podem ser hospedeiras secundárias do fungo da ferrugem asiática. “No caso do feijão, ele poderá ser cultivado no período desde que o produtor peça autorização da Aged pelo menos 30 dias antes da semeadura”, recomenda o agrônomo.
Impacto
A preocupação com a disseminação do fungo se deve às enormes perdas que pode causar. Segundo dados da Embrapa, na safra 2001/02, durante a qual se estima que mais de 60% da área de soja do Brasil foi atingida, houve perda de 112.000 t ou US$24,70 milhões. Desde 2007, o controle da doença é feita por meio do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, que inclui a iniciativa pública e privada.

Agrônomo da Aged, Eugênio Pires, realiza levantamento fitossanitário durante fiscalização do vazio sanitário da soja no sul do Maranhão.
Iniciado em 1º de agosto, o primeiro período de vazio sanitário da soja no Maranhão se encerra no dia 30 de setembro. A partir da data, os sojicultores das microrregiões de Alto Mearim, Balsas, Grajaú, Imperatriz e Porto Franco estão autorizados a iniciar o plantio de soja da safra 2016/2017.
Empregado para prevenir o aparecimento de ferrugem asiática, a principal doença da cultura da soja, o vazio sanitário é um período que pode variar de 60 a 90 dias em que é proibida a plantação da oleaginosa e em que plantas guaxas ou tigueras (que germinam a partir de grãos desperdiçados na colheita) devem ser eliminadas pelos produtores.
“Esse período entre as safras tem o objetivo de quebrar o ciclo de vida do fungo que causa a doença. Juntamente com a aplicação preventiva de fungicidas pelos produtores, temos conseguido evitar que a ferrugem se espalhe na lavoura de soja”, explica o agrônomo e chefe da Unidade Regional Balsas da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), Eugênio Pires.
No Maranhão, a Aged é o órgão responsável pela fiscalização do vazio sanitário da soja. De 13 a 16, 26 propriedades rurais, totalizando 131.309 mil hectares, foram fiscalizadas em Alto Parnaíba e Tasso Fragoso, em uma ação conjunta das Unidades Regionais Balsas e São João dos Patos. “As fiscalizações do vazio deste ano foram um sucesso, com 197.309 mil hectares fiscalizados. Identificamos, nessa segunda etapa, que o maior problema encontrado pelos produtores rurais das Serras da Bacaba, do Medonho e do Penitente foram ataques de lagartas, de mosca branca e percevejo”, avalia Eugênio.
Resultados
De acordo com dados da Aged, a ferrugem asiática foi introduzida na região de Balsas na safra de 2006/2007, quando foram registrados 172 focos da doença. “Após a adoção do vazio sanitário da soja, instituído pela Portaria Nº. 638 em 19 de agosto de 2011, esses focos caíram para sete por safra e, hoje, a ferrugem está bem controlada pelos produtores”, revela o agrônomo. Nas fiscalizações realizadas em 59 propriedades situadas nas Unidades Regionais Balsas e São João dos Patos, de agosto até 16 de setembro, não houve registro de infração.
O segundo vazio sanitário da cultura da soja no Maranhão ocorre de 15 de setembro a 15 de novembro, nas microrregiões da Baixada Maranhense, Baixo Parnaíba, Caxias, Chapadinha, Codó, Coelho Neto, Gurupi, Itapecuru Mirim, Lençóis Maranhenses, Litoral Ocidental, Médio Mearim, Pindaré, Presidente Dutra e Rosário.

O agrônomo da Aged, Eugênio Pires, foi um dos responsáveis pelas fiscalizações do vazio sanitário na região Gerais de Balsas.
O período oficial de vazio sanitário para a cultura da soja no Maranhão se iniciou dia 1º de agosto e segue até 30 de setembro, na região conhecida como Gerais de Balsas, no sul do estado. Durante os dois meses, está proibido o cultivo de plantas de soja e o agricultor precisa destruir ainda as chamadas plantas guaxas ou tigüeras, aquelas que germinam voluntariamente a partir de grãos desperdiçados na colheita ou no transporte da safra. De 08 a 12, mais de 30 propriedades foram fiscalizadas pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) com o objetivo de garantir a efetividade da medida.
O vazio sanitário da soja visa impedir a disseminação do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, na safra do próximo ano. Como o fungo precisa do hospedeiro vivo para obter seu alimento, ao se eliminar toda planta viva de soja, quebra-se também o seu ciclo de vida. “A ferrugem asiática é uma doença de grande impacto econômico visto que, além da soja, pode se desenvolver em outros hospedeiros, como feijão, atingindo, assim, tanto o grande quanto o pequeno produtor, podendo causar perdas de até 100% da produção de grãos, com evidentes prejuízos socioeconômicos”, alertou o coordenador de Defesa Vegetal da Aged, Hamilton Cruz.
Até agora, já foram fiscalizadas 33 propriedades nos municípios de Balsas, Riachão, Loreto, Sambaíba, Fortaleza dos Nogueiras e São Raimundo das Mangabeiras, totalizando 66 mil hectares. “Acreditamos que a maioria dos produtores percebe a importância do vazio sanitário da soja e percebe também que, com o nosso trabalho de educação, orientação e conscientização estamos contribuindo para o sucesso e produtividade de suas lavouras”, defendeu o chefe da Unidade Regional Balsas da Aged, Eugênio Pires.
Conforme relatou o agrônomo, foi possível identificar que o maior problema, durante o vazio sanitário vegetal nas Regionais Balsas e São João dos Patos, são as plantas voluntárias. De acordo com a legislação maranhense, a eliminação imediata dessas plantas é de responsabilidade do produtor, arrendatário ou ocupante a qualquer título de propriedade agrícola, que explore a cultura da soja no estado.
Atualmente, o estado possui dois períodos de vazio sanitário da soja. Além do período atual, que engloba a Gerais de Balsas, o vazio vai de 15 de setembro a 15 de novembro na região de Chapadinha. No Brasil, 11 estados mais o Distrito Federal adotam o período sem plantas.
Brasília
De 11 a 12 de agosto, a Diretor de Defesa e Inspeção Sanitária Vegetal da Aged, Roberval Raposo Júnior, participou de um seminário nacional, organizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), visando debater o emprego do vazio sanitário, o desenvolvimento de políticas públicas e os compromissos do setor produtivo contra essa ameaça.
“Durante a apresentação de resultados, o Maranhão foi elogiado por termos dois períodos de vazio sanitário, o que aumenta significativamente a prevenção da ferrugem asiática no campo. Sem sombra de dúvida, a viabilidade do cultivo de soja no estado tem uma estreita relação com a adoção dessa medida fitossanitária”, revelou Roberval.
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