A Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED) participou do 2º Simulado Conjunto de Contenção e Atenção ao Foco de Febre Aftosa no Brasil –CVP/BID na cidade de São José dos Pinhais no Paraná realizado no período de 12 a 16 de agosto.
O simulado faz parte do Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa, com a coordenação técnica do Comitê Veterinário Permanente do Mercosul (CVP/Mercosul) e Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), com apoio financeiro do banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A maior parte do território brasileiro é reconhecido internacionalmente como zona livre de febre aftosa com vacinação. Esse status tem como principal medida preventiva a imunização dos rebanhos contra a doença. Entretanto, não temos mais evidências de circulação viral em todo o território nacional, portanto manter a vacinação contra febre aftosa torna-se uma medida onerosa e sem propósito preventivo relevante. Assim sendo o país deverá mudar o foco da prevenção para a febre aftosa intensificando a vigilância epidemiológica, a participação comunitária, além de garantir a resposta rápida e o atendimento célere a possíveis focos de febre aftosa, para promover o crescimento da economia.
“O treinamento foi uma oportunidade ímpar de aprimoramento, tanto em nível teórico quanto prático. Participar da simulação de um foco de febre aftosa nos capacita a termos mais segurança na eventualidade de ocorrer uma emergência sanitária. Mesmo sendo uma situação hipotética, pode-se ter a noção da magnitude que representa uma emergência sanitária de febre aftosa, envolvendo inúmeros atores de diferentes instituições a fim de garantir a proteção do patrimônio pecuário nacional.” Destacou Margarida Prazeres, responsável pelo Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa na Aged.
Na ocasião, foram realizadas atividades teóricas e práticas que simularam um foco de febre aftosa, abordando os procedimentos de diagnóstico, colheita de amostras, investigação epidemiológica, rastreabilidade, sistema de informação e registro de investigação, medidas de biossegurança, procedimentos de contenção e erradicação, seguindo as diretrizes do plano Nacional de Contingência para a Febre Aftosa.
Foram treinados 160 profissionais, entre eles, 64 fiscais da ADAPAR, 38 médicos veterinários de do Serviço Veterinário Estadual, 37 auditores federais agropecuários do MAPA, 7 servidores da Defesa Civil, 2 da prefeitura de São José dos Pinhais, 1 da AGED e 12 observadores externos, médicos veterinários da Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile.
“O Objetivo desse evento foi capacitar técnicos, nos nossos planos de contingência, para contenção de emergência de Febre Aftosa, e durante o período do evento os técnicos receberam toda revisão dos conteúdos técnicos dos planos e das tomadas de todas as medidas sanitárias para a contenção de um foco de Febre Aftosa. Trabalhamos com várias equipes de vigilância e controle de transito de epidemiologia, coleta de amostras para simular uma situação real de atuação do serviço veterinário oficial. Esperamos com isso fortalecer nossa capacidade de responder aos focos e fortalecer o serviço veterinário brasileiro.” Destacou Ronaldo Teixeira, Coordenador Geral de Planejamento e Avaliação Zoosanitária do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura , Pecuária e Abastecimento.
O simulado validou os procedimentos a serem adotados num caso de declaração e gerenciamento do estado de emergência zoossanitárias para febre aftosa, descritos no Plano de Contingência para febre aftosa – Níveis tático e operacional, assim como para formar a equipe nacional de emergência sanitária.
Sobre a doença:
Causada por vírus, a Febre Aftosa é uma doença infecciosa que atinge bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos.
Altamente contagioso, o vírus pode ser transmitido pela saliva do animal e pelo contato indireto através de alimentos, água, ar, pássaros e humanos que cuidam dos animais e que podem levar os vírus pelas mãos, roupas ou calçados, e infectar animais sadios. O vírus da Febre Aftosa é muito resistente e pode ficar durante meses na medula óssea do animal, no pasto, na farinha de ossos e no couro.
No Brasil, a prevenção da doença acontece por meio de vacina obrigatória aplicada de 6 em 6 meses, a partir do terceiro mês de vida do animal e a vacinação é obrigatória a todos os criadores de animais.
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